História do Karate em Iguatu

A interiorização do karate no Ceará sempre foi eleita pelo professor Luiz Carlos Cardoso, presidente da FCK, uma questão de honra. Assim sendo, após examinar o mapa do Ceará, ele percebeu que existia um amplo espaço desassistido entre a cidade de Jaguaribe e a Região do Cariri. Ele então articulou com alguns contatos no Iguatú, após a elaboração do projeto, "karate em todo o Ceará" de autoria do próprio professor Luiz Carlos, e enviou o professor Laércio, faixa preta, de Fortaleza para ministrar aulas naquela cidade.

De lá o professor Laércio, sob a coordenação do professor Luiz Carlos ramificou o karate para as cidades de Cariús e Icó.

Com o objetivo de difundir o karate em outras regiões, a exemplo dos antigos mestres da história, o professor Laercio passou a fazer o trajeto Fortaleza/Iguatú onde ministrou aulas por mais de um ano na Academia Treiner de propriedade do fisioterapeuta Edmilson, na cidade de Iguatú.

No final de 2002, o karate do Iguatú já contava com três turmas que funcionavam na academia Treiner que dispunha de duas unidades, nos bairros Planalto e Veneza.

No início de 2003, o professor Osmar Negreiros, faixa preta de Jaguaribe, assume o comando do karate do Iguatú e passa a viajar duas vezes por semana para aquela cidade, onde passou a lecionar para os alunos iniciados pelo professor Laércio.

A BR 116 estava em precário estado de conservação e a rodovia esburacada dificultava as idas e vindas do professor Osmar, que partia de Jaguaribe às 13h00min horas e chegava na cidade de Iguatú às 16:00 horas. Lá ele realizou exames de faixa e organizou a copa Iguatú de Karate 2002 e estimulou os alunos para a participação em competições. Os resultados do trabalho dos professores Laércio e Osmar logo se refletiram nas participações dos alunos que demonstraram um bom desempenho técnico na copa Jaguaribe e na Copa Cariús de Karate, nos anos que sucederam.

Em meados de 2004, o professor Osmar Negreiros passou o comando do karate do Iguatú para seu aluno, o professor Tadeu Pinheiro, faixa preta, que permaneceu até meados de 2005.

Com a saída de Tadeu Pinheiro, o karate do Iguatú entrou em crise. A Federação tentou articular com o professor Paulo, da região do Cariri, mas este não conseguiu dar prosseguimento aos trabalhos. Foi então que em 2007, surgiu o aluno Fabrício Xavier de Oliveira, então com 19 anos, músico e ativista, semente da própria terra, plantada pelo professor Osmar, que após procurá-lo, reiniciou os trabalhos, inicialmente de forma precária, no fundo de um quintal. Este logo projetou-se e retornou ao antigo lugar onde havia iniciado a prática do karate-do, na academia Treiner.

Além dos horários na academia, Fabrício, sob a coordenação do professor Osmar Negreiros, também desenvolve um projeto social no Projeto ABC, onde ministra aulas de karate como voluntário. Graças ao esforço, a dedicação e a perseverança desse jovem, o karate do Iguatú vem conquistando espaço no Ranque cearense.

Em 13 de julho de 2008, o karate do Iguatú classificou quatro (4) atletas para a final do Cearense e em 22 de julho, levou o atleta Walter Bred a fase Final das Olimpíadas Escolares em Fortaleza, no Ginásio da Unifor, onde conquistou o bronze.

Paralelo ao Fabrício Xavier, o professor Mário Jorge do Ipú, passou a ensinar karate na Escola Agro técnica do Iguatú, onde estudava. Os dois propagadores da arte de lutar viviam, portanto duas realidades distintas: por um lado um desenvolvia karate em fundo de quintal, o outro em uma Escola Conceituada, mas isso não mudou em nada a essência do karate-dô e seus ensinamentos.